Travessia PAU DA FOME x COLONIA
O FOME DE TRILHA realizou em 17/10/2016 a Travessia PAU DA FOME x COLÔNIA, com Henrique Mendes. O grupo composto por 17 pessoas reuniram-se na entrada do Parque Estadual da Pedra Branca, no Setor Pau da Fome, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro (RJ) de onde partiriam rumo a Colônia Juliano Moreira, também em Jacarepaguá. A travessia teve duração de 6h19 num percurso de 9,35 km, passando por matas bem preservadas, um belíssimo mirante, visitaram algumas grutas do maior complexo de grutas do PEPB e se refrescaram nas águas límpidas da Cachoeira da Escada D'agua, que forma o Rio do Engenho.
Mapa da travessia registrada via GPS no Wikiloc:
Antes do início da travessia, o grupo se reuniu para um delicioso café da manhã montado voluntariamente pelos mesmos para confraternização e interação, e após o café e a foto inicial de praxe, o grupo deu início a caminhada. O trecho da travessia percorre inicialmente o mesmo caminho em direção a Pedra do Quilombo durante 1,8 km. Este trecho, apesar de boa orientação e bem manejada, é preciso ter mais atenção em algumas bifurcações, pois infelizmente as sinalizações marcadas nas pedras e árvores que indicam o caminho foram indevidamente (e propositadamente) APAGADAS e até algumas placas foram arrancadas... Há pouca exposição ao sol com muitas árvores altas e algumas plantações de bananeiras ao longo do trecho.
Entrada do Parque Estadual da Pedra Branca - Núcleo Pau da Fome
Café da manhã antes da trilha
Henrique Mendes (de camisa cinza e com sacola na mão),
passando as informações para o grupo, referente a travessia!
Foto do grupo antes do início da caminhada
Trilha do trecho PAU DA FOME x PEDRA DO QUILOMBO
Pedra do Quilombo vista da trilha
Pico da Pedra Branca (1025m), vista da trilha
Pedra Grande e Pedra Hime, vista da trilha, a uns 200 metros de altitude
Jacarepaguá, vista da trilha, a uns 200 metros de altitude
Ao chegar aos 1,8 km aproximados, em meio a um bananal, o grupo seguiu pela bifurcação a esquerda, onde adentraram uma trilha mais fechada e com grande quantidade de plantas nativas do parque. Este trecho é mal orientado e confuso, sendo necessária muita atenção para não seguir bifurcações erradas. Esse caminho passa na lateral do Morro Mariana Cascarde (536 m), que está a aproximadamente 100 m ao norte, porém, sem trilha definida.
Ao atingir 2,1 km percorridos, que foi o ponto mais alto de toda a travessia (aproximadamente 487 m), o grupo entrou em outra bifurcação a esquerda, que seguindo-a, leva a um grande descampado forrado de capim baixo e vegetação de pequeno porte, conhecido como MIRANTE HIME, justamente por ficar de frente para o belo conjunto de morros rochosos, formadas pela Pedra Calhariz, Pedra Grande e Pedra Hime. Neste mirante também é possível ter vista privilegiada para os pontos mais altos do PEPB (Pedra Branca, Morro da Bandeira e Pedra do Ponto), assim como também a vertente da Serra da Barata com a Pedra Jesus Vem, e os bairros da Taquara, Tanque e Freguesia de Jacarepaguá, além também de ver ao fundo, parte do Maciço do Parque Nacional da Tijuca. Ainda mais longe, é possível observar também o Maciço de Gericinó (Serra do Mendanha).
Grupo chegando ao descampado conhecido como MIRANTE HIME
Taquara, Tanque e Freguesia de Jacarepaguá,
e o Maciço do Parque Nacional da Tijuca, vistos do alto do Mirante Hime
Pedra Calhariz, Pedra Grande e Pedra Hime, vistos do alto do Mirante Hime
Serra do Barata com a Pedra Jesus Vem (Setor Piraquara do PEPB) e ao fundo,
a Serra do Mendanha, vistos do alto do Mirante Hime
Mirante Hime
Mirante Hime
Mirante Hime
Após o mirante, o grupo retornou a bifurcação anterior para dar prosseguimento a travessia, e a partir daí, o caminho é todo em declive, porém em mata muito fechada, com árvores altas e grandes e muita vegetação. Neste trecho é preciso muita atenção nas bifurcações que são várias, já que desde o trecho inicial do km 1,3 até a entrada para a Cachoeira da Escada D'Agua, não há sinalização, somente algumas "fitas" amarradas de improviso em algumas árvores. Lembrando que este trecho já foi percorrido pelo grupo FOME DE TRILHA em 22/05/2016 (Travessia PAU DA FOME x COLONIA, via PEDRA DO QUILOMBO), que na época, com um grupo de pessoas 4x maior do que neste evento, encontraram bastante dificuldade de percorrê-la devido o caminho ter sido encoberto pela própria mata, mas dessa vez, o grupo encontrou a trilha com pouca vegetação em seu entorno, o que tornou menos difícil a orientação.
Ainda no percurso da trilha, em trecho mais plano, o grupo avistou algumas grutas e mais a frente, a trilha aponta em frente a um bloco rochoso chamado PEDRA VERDE. Após este trecho, a trilha passa ao lado de uma grande paredão rochoso com um desenho parecendo ondas e, minutos depois, por um grande bloco rochoso que se debruça sobre a trilha, formando uma grande parede de inclinação negativa. Pouco após esse bloco, o grupo seguiu por um local mais amplo, onde olhando à esquerda para cima da encosta, foi possível ver, entre as árvores, as grandes pedras que formam o maior complexo de grutas de todo o parque. Esse é o COMPLEXO DE GRUTAS CARLOS MANES BANDEIRA. O nome é em homenagem ao montanhista, professor, jornalista e arqueólogo que participou da fundação da primeira versão da Sociedade Brasileira de Espeleologia, constituída no Rio de Janeiro em 14 de agosto de 1958, e de diversas outras iniciativas, como a Fundação do Clube Excursionista Light, em que foi o primeiro presidente.
Pedra Verde
Paredão rochoso
Como não há trilha definida em direção as grutas, metade do grupo parou no local para descanso enquanto os demais subiram a encosta, e uns 50 m acima (sempre a esquerda, sentido nordeste), conseguiram avistar claramente as grutas, chegando primeiramente em uma "marquise" formada pela base de um gigantesco bloco de pedra. O grupo seguiu pela marquise e prosseguiram contornando esse bloco. Em seu final encontraram uma caverna, e, após uma sucessão de "trepa pedras", foram parar em um grande salão, praticamente uma catedral formada por grandes pedras, cuidadosamente equilibradas, possuindo até uma claraboia, por onde uma grande árvore achou a única saída para crescer e captar a luz do sol.
Interior de uma das grutas
Após explorar algumas grutas do complexo das grutas do parque, metade do grupo voltou até a trilha principal onde se encontraram com os demais, e todos reunidos, seguiram pela trilha em direção ao próximo destino: A cachoeira da Escada D'Agua. Até ao local, a trilha segue ligeiramente plana, cruzando uma laje, por onde escorre um riacho, e depois, a trilha segue em declive suave. Após 370 m de distância, o grupo entrou em uma bifurcação marcada por grande blocos de pedras, seguiram pela direita até chegar a um reservatório de captação de água, que seguindo pelos canos deste reservatório, paralelo ao Rio do Engenho, alcançaram a represa, formada pela CACHOEIRA DA ESCADA D'AGUA para descanso e banho.
Cachoeira da Escada D'Água e reservatório da Colônia
Grupo reunido na Cachoeira da Escada D'Agua
Após longo tempo de descanso e banhos, o grupo retornou pelo mesmo caminho e seguiu a direita em direção a saída do parque. A partir deste ponto, a trilha se torna mais larga e bem marcada, seguindo paralela pelos canos que saem do reservatório em direção aos bairros adjacentes. O caminho também cruza o Rio do Engenho, da qual corria pouca água e em seguida seguiram pelo caminho a direita, sentido Fiocruz, por um caminho mais largo e plano. O grupo terminou a travessia por volta das 15h30, nas proximidades do CFMA (Campus Fiocruz de Mata Atlântica), já na Avenida Sampaio Corrêa, nas imediações da Colônia Juliano Moreira (Hospital-colônia de pacientes com transtornos mentais), e dali o grupo se dispersou, cumprindo com êxito mais um evento do FOME DE TRILHA!
Rio do Engenho
Estrada do Finção (Final da travessia)
Estrada do Finção, seguindo em direção a Av Sampaio Corrêa, na Colônia Juliano Moreira
As dependências da FIOCRUZ, e ao fundo, o maciço do PEPB
Parte da galera reunida num "pós-trilha" de lei! ;)
Texto: Ricardo D. Santos
Fotos: Ricardo D. Santos e Henrique Mendes
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