Circuito da CAIXA D'AGUA

O FOME DE TRILHA realizou em 19/02/2017 (domingo), o Circuito da CAIXA D'ÁGUA, com Henrique Mendes e mais 15 participantes. Este interessante circuito, percorre um conjunto de poços e cachoeiras belíssimas do setor Rio da Prata, do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), em Campo Grande, Rio de Janeiro (RJ). O circuito também engloba alguns resquícios históricos do antigo sistema de captação de água que abastecia a antiga Fábrica de Tecidos Bangu (onde atualmente abriga o Bangu Shopping).

Início da caminhada

Início da trilha

O Circuito da Caixa d'Água abrange diversos poços de água e cachoeiras formadas pelas águas do rio do Rosário (que nasce no alto da serra, próximo a Pedra do Ponto) e riacho da Virgem Maria (que nasce próximo às encostas do Pico da Pedra Branca. A junção do rio e do riacho mais a frente, descendo o vale da Serra da Caixa d'água, formam o rio Lameirão. No local abrigam também as ruínas do antigo aqueduto, formado por tubulações de ferro fundido sustentadas por colunas de ferro, que ao todo abasteciam a antiga Fábrica de Tecido Bangu, do outro lado da serra. Essa tubulações vinham de um antigo reservatório de água, conhecido como Caixa d'água, que deu origem ao nome da serra e do próprio circuito.

Grupo reunido no primeiro poço d'água

O grupo deu início a caminhada por volta das 9h25 na Rua Soldado Antônio da Silveira, no sub-bairro Rio da Prata, em Campo Grande, Rio de Janeiro (RJ), seguindo-a pela mesma por caminho intercalando paralelepípedo e terra, e assim seguiu durante 1 km até a entrada da trilha. Após alguns minutos de caminhada na trilha, o grupo chegou ao primeiro poço, muito frequentado pelos moradores locais, que embora não seja muito grande, possui em torno de 1,5 m de profundidade. Mais a frente, o grupo chegou a uma interessante queda d'água, que com a ação do tempo, esculpiu seu caminho em uma laje inclinada por onde a água escorre, cercada por dois grande blocos de pedra que apoiam um outro bloco rochoso que está acima, formando então, a Cachoeira da Gruta.

Cachoeira da Gruta

Após alguns minutos de fotos e observação desta formosa formação rochosa, o grupo seguiu adiante, passando por diversos poços d'água e córregos de água cristalina, que descem serra abaixo. Lembrando que, da entrada da trilha até a parada final do grupo, que foi no Tanque das Pacas (ou Lagoa Azul), todo o trecho é sombreado e coberto por frondosas árvores, com subidas leves e alguns trechos mais íngremes. Este caminho, segue margeando o leito do rio, passando por trechos rochosos ou atravessando pequenos riachos e quedas d'água, sendo alguns trechos de lajes escorregadias e pirambeiras das quais foram preciso atenção e cuidado de todo o grupo para não sofrer algum tipo de queda. Ao longo da trilha, já era possível observar partes do antigo aqueduto de 7,5 km que levava a água dos rios que descem a Serra do Rosário até a antiga Fábrica de Tecidos Bangu, já ruído pela ação do tempo.

Riacho da Virgem Maria

Após 2,5 km de caminhada por trilha, passando por bambuzais e diversos córregos e quedas d'águas, o grupo chegou ao Tanque das Pacas, conhecida também como Lagoa Azul, também bem frequentada por quem visita esse setor do parque. O Tanque das Pacas é formada por um belíssimo poço por grandes blocos de pedras, dos quais é possível saltar e dar um bom mergulho nas suas águas de boa profundidade, porém, com margem rasa, ideal para um banho tranquilo e sem perigo. O grupo permaneceu neste local durante bom tempo, e após, seguiram em continuação ao circuito.

Tanque das Pacas

Oficialmente, o Circuito da Caixa D'água também abrange um trecho de trilha que se seguia após a entrada para o Tanque das Pacas. Esse trecho de mais ou menos 300 m, leva a uma represa de concreto que forma uma cachoeira artificial, e próxima de um velho casebre, encontra-se uma grande e antiga caixa d'água, formada por grandes blocos de pedra que formavam este imenso reservatório que, por grandes calhas de ferro, levavam toda a água dali para a Fábrica de Tecidos Bangu. Infelizmente, devido a indisposição de boa parte do grupo, o mesmo seguiu retornando pela mesma trilha por alguns metros até uma bifurcação, que os levariam para uma trilha que corta um paredão chamado "Pedra das Nove Voltas", e após este paredão, a trilha segue em caminho descampado, com forte exposição ao sol, entretanto, dali já era possível avistar todo o vale da Caixa d'água, ouvir o barulho das águas correndo rio abaixo, algumas rochas em interessante posições mais acima do morro e até mesmo observar a antiga tubulação de ferro provinda da antiga caixa d'água.

Tanque das Pacas

Após 350 m de caminhada, a trilha desce de volta para a mata fechada, onde o caminho a seguir, levava de volta a bifurcação do primeiro poço d'água. Mais a frente, o grupo seguiu após o poço d'agua, e a trilha se junta ao caminho de ida do circuito, onde o grupo a percorreu para finalizá-la no mesmo ponto de partida.

Texto: Ricardo D. Santos

Fotos: Ricardo D. Santos e Henrique Mendes