Trilha para PEDRA DA GAVEA


O FOME DE TRILHA realizou em 05/02/2017, a Trilha para PEDRA DA GÁVEA, com José Otávio, Henrique Mendes e mais 38 integrantes. O grupo reuniu-se no ponto de encontro marcado na Praça Desembargador Araújo José (em frente ao conhecido Bar do Osvaldo), no sub-bairro Barrinha, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), onde dali partiram rumo a entrada do Parque Nacional da Tijuca (Setor C) na Rua Sorima, no mesmo bairro. Por volta das 08:30, já estavam todos na trilha, a caminho da Pedra da Gávea.


O trajeto proposto para este evento seria o grupo subir pelo caminho via Pico dos 4 (conhecida como P4), passando também na Garganta do Céu, e assim foi feito. A trilha deste caminho é mais curta que o caminho tradicional (via Carrasqueira), porém, é um trajeto de subida mais íngreme com alguns trepa-pedras e de difícil orientação. Durante todo o percurso, desde o início até a chegada da Garganta do Céu, é feito em mata fechada, e após caminhada de duas horas, o grupo chegou a sua primeira parada: GARGANTA DO CÉU!

Localizada na face sul da Pedra da Gávea, a Garganta do Céu é uma gigantesca fenda esculpida na rocha, naturalmente pela ação do tempo, onde além de servir como um ótimo "abrigo", oferece um mirante magnífico de um único ângulo, e uma vista magistral da praia de São Conrado, da Joatinga e do Morro Dois Irmãos.




Após alguns minutos de deleite e apreciação da paisagem e das fotos, o grupo continuou a caminhada, onde a partir dali, a trilha se tornava cada vez mais íngreme, transformando-se numa verdadeira "escalaminhada", onde era preciso utilizar-se de mãos e pés para transpôr alguns obstáculos. Mais a frente, o grupo chegou a subida da P4, que é um paredão rochoso levemente inclinado, com cabos de aços fixados a rocha para auxiliar o caminhante a subir ou descer por ela.


Com o grupo todo preparado e grande parte já devidamente equipada, José Otávio e Henrique os auxiliaram na subida da P4 com total segurança e presteza, enquanto alguns outros, já experiêntes neste tipo de escaladas, seguiram em frente utilizando apenas os cabos de aços fixos no local. Apesar do esforço que é preciso utilizar para passar ali, todos conseguiram transpor a P4 sem nenhum problema. A partir daí, a trilha seguia em área de vegetação baixa e alguns descampados, onde era possível já observar partes da zona oeste do Rio de Janeiro, com a praia da Barra da Tijuca e suas lagoas e o Recreio dos Bandeirantes até seu final.


E finalmente, por volta das 13h30, o grupo chega ao primeiro platô da Pedra da Gávea, de onde se vê o cume (conhecido com a Cabeça do Imperador), descortinando-se aos seus olhos um cenário maravilhoso: Na face leste, toda a zona sul carioca com suas praias; o Cristo Redentor; a Lagoa Rodrigo de Freitas; Jóquei Club; Morro Dois Irmãos, do lado oposto a zona oeste com a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes. Na face sul, o imenso e incrível azul do Oceano Atlântico que sumia no horizonte longíquo, e na face norte, a gradiosa Pedra Bonita, e mais ao fundo, a belíssima silhueta de todas as elevações importantes do Parque Nacional da Tijuca (desde o Pico da Tijuca até o Bico do Papagaio, Cocanha, etc.), incluindo também mais ao longe, o Maciço do Parque Estadual da Pedra Branca, formando assim, um cenário ÚNICO de beleza indescritível! 




Não esquecendo também, que a Pedra da Gávea é uma das formações rochosas mais famosas e admiradas do Rio de Janeiro, e é o maior bloco de rocha à beira mar do mundo com seus 842 metros, sendo vista em diversas partes da região oceânica do Rio de Janeiro e até mesmo da região oceânica de Niteroi (incluindo do alto do Costão e da Pedra do Elefante).

Alguns minutos de descanso e lanche, parte do grupo, no comando de José Otávio, foram explorar mais esse grande e belíssimo monólito a beira-mar que é a Pedra da Gávea, onde juntos, foram conhecer a Cabeça do Imperador, que é na realidade, o cume da Pedra da Gávea, onde dali, é possível ter a mesma vista do platô, porém, em um ângulo de 360º graus, potencializando ainda mais a beleza de uma das paisagens naturais mais deslumbrantes da cidade do Rio. Ali também é possível obter fotos magníficas, dado as posições de algumas rochas localizadas ali, como a Pedra do Raio e a "Cadeirinha" onde os mais corajosos as encaram, expondo-se perigosamente a altura para obter fotos sensacionais (recomendamos sempre muita cautela e prudência ao realizar essas façanhas, dado a exposição ao risco de possíveis quedas fatais).



Por volta das 15h00, todo o grupo se reuniu e a partir daí, começaram a descer de volta ao mesmo ponto de partida, sendo que, neste retorno, o grupo iria pelo caminho tradicional, onde passariam pela Carrasqueira. O curto caminho do platô até a carrasqueira é feita por trilha, íngreme em alguns pontos, erodida em vários outros e certos pontos com exposição a altura. 

Chegando na Carrasqueira, alguns do grupo mais "safos" desceram escalaminhando nas fendas desse grande e temido paredão rochoso, e os demais, desceram com toda a segurança no rapel, sendo auxiliados pelo José Otávio (que é altamente experiente em eventos de rapel) e Henrique. E assim, todos desceram bem e com total segurança, tendo no final, a premiação de poder apreciar a belíssima tarde de sol e uma vista panorâmica de toda a Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.





A partir da carrasqueira, a trilha segue por dentro da mata, em caminho íngreme e razoavelmente erodido, por ser um caminho bastante usual e assim segue até a um local conhecido como "Praça da Bandeira", onde bifurcam-se a trilha que desce para a portaria do parque, que sobe para a Pedra da Gávea (via Carrasqueira) e outra que segue descendo em direção a Pedra Bonita (via Chaminé Ely). O grupo seguiu até a Pedra do Navio, onde neste trecho, foi preciso o grupo ter atenção, pois boa parte do caminho era preciso descer por rochas. Próximo a Pedra do Navio, há uma pequena fonte, que serve como abastecimento de água, e ali, o grupo aproveitou para encher suas garrafas d'águas. 

Após breve minuto, o grupo continuou a caminhada. A descida é longa, com trechos mais íngremes, que a medida que vai descendo, a trilha vai se tornando mais leve, até se tornar um caminho mais aberto e com boa orientação, bifurcando-se com o mesmo caminho de ida na chegada da cachoeira. E neste rítmo, todo o grupo conseguiu finalizar a trilha, chegando na portaria do parque por volta das 19h30, encerrando assim, mais um evento do FOME DE TRILHA!


Texto: Henrique Mendes (relato) e Ricardo D. Santos (edição)
Fotos: Henrique Mendes e mais 3 integrantes*
* Estes estão com seus nomes citados nas suas respectivas fotos!

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