CIRCUITO DA TORRE x CACHOEIRAS DO MENDANHA


O FOME DE TRILHA realizou em 09/04/2017 o evento CIRCUITO DAS TORRES x CACHOEIRAS DO MENDANHA, com Jackson Carmo e mais 12 integrantes. O grupo iniciou a caminhada a partir do Largo do Mendanha, em Campo Grande, Rio de Janeiro (RJ), por volta das 09h15. 


O primeiro km percorrido é em estrada de asfalto irregular (Caminho da Serra), onde a partir daí, o grupo entrou numa pequena rua de terra que dava acesso a Estrada da Torre (estrada que dá acesso ao conjunto de antenas transmissoras de radios comerciais e TV's que geram sinal para a zona oeste, e que se localizam no alto da Serra do Mendanha). A partir da Estrada da Torre até a entrada da trilha, todo o percurso é feito em grande parte, em estrada de terra, com alguns pequenos trechos de asfaltos gastos. Devido as chuvas dos últimos dias, diversos trechos apresentavam muita lama, dificultando um pouco a caminhada, fora também a subida árdua e a falta de vento que tornava o ambiente abafado, embora dentro de mata densa e preservada. 


A estrada em toda sua extensão sobe a quase 500 metros de altitude, onde em alguns trechos onde a mata se abria, era possível ter uma vista panorâmica das localidades próximas, alguns bairros e até mesmo o Maciço da Pedra Branca. Muito comum nesta estrada, a prática de eventos esportivos como corrida e ciclismo. Após 6 km de caminhada (5 km pela estrada da Torre), o grupo chega a uma entrada à esquerda, sem sinalização mas com caminho óbvio. Devido a preocupação com horário, Jackson Carmo decidiu seguir pela trilha em direção as cachoeiras ao invés de ir até o final da estrada onde os levariam até as torres de TV (o local é de acesso restrito). 


A partir deste trecho até a primeira parada em uma das cachoeiras, seria um percurso de 2,5 km. Neste percurso, a trilha corta boa parte de mata fechada e alguns trechos de terreno descampados, por onde estão instaladas as torres de Furnas, que sustentam as linhas de transmissão de energia elétrica que vem do interior até a capital, cortando a Serra do Mendanha de norte a sul e posteriormente atravessam o Parque Estadual da Pedra Branca até as sub-estações em diferentes locais da cidade. O grupo encontrou no caminho, muitas teias de aranhas armadas nas árvores e até mesmo no meio da trilha, onde foi preciso ter certo cuidado ao percorrê-la. Nos trechos de declíve, terreno muito escorregadio e erodido devido as chuvas dos últimos dias, sendo que nos metros finais antes de chegar a primeira cachoeira, a situação estava ainda pior, pois foi preciso utilizar corda para que o grupo pudesse descer com segurança, e assim, o grupo chega a uma das cachoeiras/poços que fazem parte do circuito de cachoeiras da Serra do Mendanha.


Todo o circuito de cachoeiras do Mendanha são formadas por nascentes de águas cristalinas, que formam o rio Guandu do Sapê. Devido as antigas formações vulcânicas, as águas deste rio formam ao longo do seu percurso, diversas quedas d'aguas, córregos e várias piscinas naturais ótimas para banho. O grupo permaneceu em uma dessas piscinas naturais localizadas no alto da serra (a 360 metros de altitude) durante algum tempo para descanso e banho. Após algum tempo, o grupo continuou a caminhada, rumo aos demais poços d'águas localizados mais abaixo. A partir daí, o grupo percorreu cerca de 3 km em um verdadeiro "teste de resistência" percorrendo todo o leito do rio, com trechos de água até os joelhos, tendo que transpôr diversos obstáculos como rochas íngremes, escorregadias e pontíagudas, troncos grandes e velhos de árvores caídas no meio do caminho e pequenos trechos de trilhas escorregadias e erodidas.


Após árduo caminho nas águas do Mendanha, o grupo chega a um outro poção d'água de 6 metros de profundidade com uma pequena cachoeira, onde permanecem por alguns minutos para descanso e banho e em seguida, continuam a caminhada, agora por trilha. Alguns metros mais a frente, o grupo chega a um outro poço, que na verdade é uma das piscinas naturais mais conhecidas e frequentadas dentre todo o circuito de cachoeiras do Mendanha. O local é frequentado por moradores locais e diversos grupos de trilhas, ocasionando até lotações nos finais de semana de muito calor. Neste, há três poços, um menor e outros dois maiores sendo que em algumas partes chega a não dar pé. Nos dois maiores, há a opção de escorregar nas pedras, onde ao lado, há uma corda para subir. Mais abaixo, há uma outra queda d'água de aproximadamente 30 metros de altura, muito utilizada por praticantes de rapel.


O grupo então permaneceu por mais alguns minutos para descanso e banho e depois, levantaram-se para prosseguirem rumo ao término do evento. A trilha a partir deste ponto, é a mesma utilizada pelos diversos frequentadores do local, portanto, encontra-se bem manejada apesar de não haver sinalizações e lixos espalhados ao longo do percurso. Após percorrerem 2 km, o grupo finalmente chega ao final da trilha (saída) no final da tarde, passando então em estrada de terra e seguindo pela Estrada Abílio Bastos e Estrada do Mendanha já escurecendo, até o retorno ao largo do Mendanha por volta das 18h45, finalizando assim, mais um evento do FOME DE TRILHA, que por sua vez, agradece a participação e empenho de todo o grupo para a conclusão deste incrível circuito!


Abaixo assistam um vídeo criado por Jackson Carmo, com todas as fotos compartilhadas pelos participantes deste evento:




Texto: Ricardo D. Santos (relato e edição)
Fotos: Ricardo D. Santos (exceto a foto do grupo no tronco)
Vídeo: Jackson Carmo

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