Travessia PAU DA FOME x COLONIA


O FOME DE TRILHA realizou neste último domingo (14/05/2017) a Travessia PAU DA FOME x COLONIA, com Henrique Mendes e mais 21 integrantes. O grupo iniciou a travessia a partir da sede Pau da Fome do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro e finalizando na Colônia Juliano Moreira, também localizada no mesmo bairro, num percurso de 9,41 km, realizados em 6h30, atravessando densa mata, passando pelos espetaculares MIRANTE HIME e CACHOEIRA DA ESCADA D'AGUA.


Os 1,8 km iniciais do percurso segue pela trilha em direção a Pedra do Quilombo, este já bem sinalizado e manejado pela Trilha Transcarioca (Trecho 06 - Casa Amarela x Pau da Fome / via Camorim). Percurso com pouca exposição ao sol devido a árvores altas e frondosas e algumas plantações de bananeiras ao longo do trecho. Após 1,8 km percorridos, em meio a um bananal, o grupo seguiu pela bifurcação à esquerda, onde adentraram uma trilha mais fechada e com grande quantidade de plantas nativas do parque. Este trecho é mal orientado e confuso. Esse caminho passa na lateral do Morro Mariana Cascarde (536 m), que está a aproximadamente 100 m ao norte, porém, sem trilha definida.


Após percorrerem mais 2,1 km, o grupo entrou em outra bifurcação a esquerda, caminho que nos levaria ao Mirante Hime. Este caminho não possui nenhuma sinalização sequer e a vegetação estava bem alta e cobria algumas partes do caminho, onde foi necessário abrir mato com um facão. Haviam também algumas teias de aranhas no percurso e muitas plantas com espinhos, tornando o pequeno trecho um tanto dificil de atravessá-la. 


E finalmente após alguns minutos, o grupo chegou a um grande descampado forrado de capim baixo e vegetação de pequeno porte, conhecido como MIRANTE HIME, justamente por ficar de frente para o belo conjunto de morros rochosos, formadas pela Pedra Calhariz, Pedra Grande e Pedra Hime. Neste mirante também é possível ter vista privilegiada para os pontos mais altos do PEPB (Pedra Branca, Morro da Bandeira e Pedra do Ponto), assim como também a vertente da Serra da Barata com a Pedra Jesus Vem, e os bairros da Taquara, Tanque e Freguesia de Jacarepaguá, além também de ver ao fundo, parte do Maciço do Parque Nacional da Tijuca. Ainda mais longe, era possível observar também o Maciço de Gericinó (Serra do Mendanha) e a Serra dos Órgãos com a baía de Guanabara, em horizonte mais longínquo.


O grupo permaneceu neste local durante 20 minutos para descanso e lanche, e após esse tempo, retornamos pelo mesmo caminho de volta para a trilha em direção a Colônia. A partir daí, o caminho é todo em declive, porém em mata muito fechada, com árvores grandes (algumas caídas no meio da trilha) e muita vegetação. Neste trecho foi preciso muita atenção nas bifurcações que são várias, já que desde o trecho inicial do km 1,3 até a entrada para a Cachoeira da Escada D'Agua, não há sinalização sequer, somente algumas "fitas" amarradas de improviso em algumas árvores. 


Lembrando que este trecho já foi percorrido pelo grupo FOME DE TRILHA em 22/05/2016 (Travessia PAU DA FOME x COLONIA, via PEDRA DO QUILOMBO), que na época, com um grupo de pessoas 4x maior do que neste evento, encontraram bastante dificuldade de percorrê-la devido o caminho ter sido encoberto pela própria mata, e pela segunda vez em 17/10/2016 onde um grupo bem menos numeroso que da primeira vez, não encontraram muita dificuldade em percorrê-la, mas a atenção no caminho permanece o mesmo.


Alguns kms mais a frente, a trilha aponta em frente a um bloco rochoso chamado PEDRA VERDE. Após este trecho, a trilha passa ao lado de uma grande paredão rochoso com um desenho parecendo ondas e, minutos depois, por um grande bloco rochoso que se debruça sobre a trilha, formando uma grande parede de inclinação negativa. Pouco após esse bloco, o grupo seguiu por um local mais amplo, onde olhando à esquerda para cima da encosta, foi possível ver, entre as árvores, as grandes pedras que formam o maior complexo de grutas de todo o parque, chamado COMPLEXO DE GRUTAS CARLOS MANES BANDEIRA, em homenagem ao montanhista, professor, jornalista e arqueólogo que participou da fundação da primeira versão da Sociedade Brasileira de Espeleologia, constituída no Rio de Janeiro em 14 de agosto de 1958, e de diversas outras iniciativas, como a Fundação do Clube Excursionista Light, em que foi o primeiro presidente.


Em decisão unanime, ao invés de irem visitar as grutas, todos do grupo decidiram seguir em frente, rumo a Cachoeira da Escada d'água. Até ao local, a trilha segue ligeiramente plana, cruzando uma laje, por onde escorre um riacho, e depois, a trilha segue em declive suave. Após 370 m de distância, o grupo entrou em uma bifurcação marcada por grande blocos de pedras, seguiram pela direita até chegar a um reservatório de captação de água, que seguindo pelos canos deste reservatório, paralelo ao Rio do Engenho, alcançaram a represa, formada pela CACHOEIRA DA ESCADA D'ÁGUA para descanso.


Após um longo tempo de descanso e lanche, o grupo continuou a caminhada, em direção ao término da trilha, nas proximidades da Colônia Juliano Moreira (Hospital-colônia de pacientes com transtornos mentais), na imediações do CFMA (Campus Fiocruz de Mata Atlântica) e a partir dali, o grupo se dispersou, cada um seguindo seus caminhos de retorno aos seus lares, finalizando assim um excelente dia das mães com o FOME DE TRILHA!



Texto: Ricardo D. Santos (relato e edição)
Fotos: Ricardo D. Santos e Eduardo Siqueira

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